segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A propósito da mente brilhante de Tarantino



Tarantino's mind (Brasil, 2007)
Roteiro e direção: 300 ml
Atores: Selton Mello e Seu Jorge

Uma ótima idéia, com atores idem. ;-)

domingo, 29 de novembro de 2009

"Fez do seu caminho
Sua maior riqueza"

Da música Tiro de largada, de Flávio Guimarães
(do excelente cd Cor do Universo, do Blues Etílicos)

sábado, 28 de novembro de 2009

Lasse Gjertsen em "Amateur"



Segundo o próprio Lasse Gjertsen, ele toca tanto quanto eu. Ou seja: nada! Aqui é tudo edição. Sensacional! Quer continuar a se divertir? Clique aqui.

Dica do meu irmão, also known as Godum.

Em tempo: o norueguês não toca, mas FAZ música!
SENTIDO NÃO TEM DIREÇÃO.

(li num muro de Santa Teresa)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Beat it", com Pomplamoose



Pomplamoose é uma banda californiana, formada pelos namorados Jack Conte e Nataly Dawn. O que eles fazem é chamado de VideoSong, ou seja, tudo o que você ouve é o que você vê. Todos os sons das músicas são criados por eles e mostrados no vídeo. É quase um making of de como se constrói uma música. Aqui, a versão de Beat it, de Michael Jackson. Mas vale ver também September (do Earth, Wind and Fire), Single ladies (gravada por Beyoncè) e Mr Sandman (The Chordettes), entre outras versões.

Se preferir, veja direto do Youtube, pois aqui o quadro está cortado.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Let's rock!


Para quem gosta de rock n' roll, vale entrar no site England rocks. Além de conhecer os lugares do rock na Inglaterra, vai encontrar jogos divertidos como o Beat the intro, uma espécie de Qual é a música?. Acertei TODAS do Led Zeppelin!!! :-)

Dica da Teca!

Noite carioca



Diálogo de surdos, não: amistoso no frio.
Atravanco na contramão. Suspiros no contrafluxo.
Te apresento a mulher mais discreta do mundo: essa que não tem nenhum segredo.

Ana Cristina Cesar, em A teus pés

"Romeu e Julieta", por Béjart



Com Suzanne Farrell e Jorge Donn. Música de Hector Berlioz.

Lembrança inesquecível: em meados dos anos 1970, assistí a essa maravilha no Maracanãzinho, com minha mãe. Eu era criança e ainda não havia visto tanta beleza. Emocionante.

Jorge Donn (1947-1992) é para mim o melhor bailarino do mundo. E de Béjart (1927-2007) sou devota.

;-)

PS: esse post é para Cássia, cuja vida também foi encantada por Béjart.

domingo, 22 de novembro de 2009

Vida de clichê



"Quando nos expressamos por palavras, temos sempre a possibilidade de nascer. E se renunciamos ao nascimento, ao trocar a possibilidade do novo pelos chavões, aceitamos a morte antes de viver? Fiquei pensando nisso. Parece-me que os lugares-comuns vão muito além das palavras. A gente pode transformar nossa vida inteira num clichê. Não basta apenas pensar antes de escrever, na tentativa de criar algo nosso. É preciso pensar para viver algo nosso – antes de repetir a vida de outros. Do mesmo modo que é mais fácil botar no mundo o primeiro chavão que nos vem à cabeça, também é mais fácil – e mais aceito – viver segundo os clichês da nossa família, sociedade, época. Penso que a maioria de nós vai vivendo e repetindo velhas vidas que aparentemente já deram certo e não incomodam ninguém. (...) A vida que se vive para longe dos clichês não tem garantias. Tem vida. Tudo o que a vida que se vive para longe dos clichês nos oferece é isso, vida apenas."

Eliane Brum

Clique aqui e leia na íntegra o já citado texto de Eliane Brum, publicado na revista Época em 24/08/2009.

sábado, 21 de novembro de 2009

Felicidade



"Dentro do peito, no entanto; havia ainda aquele ponto brilhante, incandescente, de onde saía uma chuva de pequenas fagulhas. Era quase insuportável. Ela mal tinha coragem de respirar, por medo de atiçar aquele fogo ainda mais; contudo, respirava fundo... fundo. Quase não tinha coragem de olhar-se no espelho frio; mas olhou, e ele mostrou-lhe uma mulher radiante, com lábios trêmulos, sorridentes, grandes olhos escuros e um ar de quem está à espera de que alguma coisa... divina aconteça. Ela sabia que iria acontecer infalivelmente."

Trecho de Bliss, de Katherine Mansfield, que você pode ler inteiro clicando aqui.
Li no inspirado e inspirador Fala comigo doce como a chuva.
Aqui, com a beleza do quadro de Beatriz Milhazes.

O canto do retardatário

Pouco importa que o canto seja tardio.
Se não tinha amadurecido, inda não era canto.
A idade do poeta se mede pelo amadurecimento do canto.
Cantar não é desejar a glória,
É simplesmente cantar.
A gente nasce para viver,
O canto rompe para vibrar.
O resto é com quem ouve,
O poeta não tem nada com isso.
Já houve um santo que falou às aves.
Mas eu sou ave, canto para as árvores.
— Árvores, ouvi-me!

Ernani Sátiro

E imaginar que eu publicaria poesia de quem foi da UDN, da Arena e do PDS, além de ter sido nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar por Costa e Silva e de ter sido líder do governo militar na Câmara! Em 1984, foi um dos que se ausentou do plenário da Câmara na votação da emenda Dante de Oliveira, pelas eleições diretas, que assim acabou derrotada, por falta de apenas 22 votos. Não gosto de sua biografia. Mas gosto do poema.

Nina Simone em "Don't let me be misunderstood"



A propósito do Dia da Consciência Negra, comemorado ontem (20 de novembro), volto a Nina Simone. O vídeo acima mostra imagens da luta contra o racismo nos Estados Unidos, nos anos 1960, e é embalado pela linda interpretação de Nina para Don't let me be misunderstood.

Nos anos 1960, a americana Nina Simone (1933-2003) participou ativamente do movimento negro e do movimento pelos direitos civis em seu país. Nina compôs Mississipi Goddam após o atentado a bomba contra uma igreja batista no Alabama, que vitimou quatro meninas, e após o assassinato do líder negro Medgar Evers no Mississipi. Ambos os atentados ocorreram em 1963 e foram de autoria da Ku Klux Klan. Essa música, sempre cantanda nos contextos de luta pelos direitos civis, pouco tocou no rádio.

Nina escreveu outras músicas adotadas pelo movimento pelos direitos civis, como Backlash Blues,Old Jim Crow, Four Women e To Be Young, Gifted and Black. Essa última foi composta para sua amiga Lorraine Hansberry, escritora e dramaturga, também atuante contra a discriminação racial nos Estados Unidos.

"Oh but my joy of today
Is that we can all be proud to say
To be young, gifted and black
Is where it's at"

(trecho de To Be Young, Gifted and Black, que você pode escutar na voz de Nina, ao vivo em 1969, clicando aqui)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nick Drake em "Day is done"



Do álbum Five Leaves Left, de 1969.

Nick Drake, cantor e compositor britânico, gravou poucos discos e morreu aos 26 anos. Seu álbum Pink Moon figurou em 320º lugar numa lista da Rolling Stone que elegeu, em 2006, os 500 maiores discos de todos os tempos.

"É conhecida a história de que, em 1971, ao terminar de gravar o álbum Pink Moon, Nick Drake teria ido à gravadora Island Records e deixado as fitas mestras sobre a mesa de uma recepcionista sem dizer coisa alguma a ninguém. O álbum ficou lá ignorado pelos dias até a semana seguinte, quando alguém o notou."
Do texto de Priscilla Santos publicado no obvious. Clique aqui para lê-lo na íntegra.

Nina Simone em "If you knew"



Lindo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

É bom viver?

Clarice Lispector: Hélio, é bom viver, não é?
Hélio Pellegrino: Viver, essa difícil alegria. Viver é jogo, é risco. Quem joga pode ganhar ou perder. O começo da sabedoria consiste em aceitarmos que perder também faz parte do jogo. Quando isso acontece, ganhamos algo extremamente precioso: ganhamos nossa possibilidade de ganhar. Se sei perder, sei ganhar. Se não sei perder, não ganho nada, e terei sempre as mãos vazias. Quem não sabe perder, acumula ferrugem nos olhos, e se torna cego – cego de rancor. Quando a gente chega a aceitar, com verdadeira e profunda humildade, as regras do jogo existencial, viver se torna mais do que bom – se torna fascinante. Viver bem é consumir-se, é queimar os carvões do tempo que nos constitui. Somos feitos de tempo, e isso significa: somos passagem, somos movimento sem trégua, finitude. A cota de eternidade que nos cabe está encravada no tempo. É preciso garimpá-la, com incessante coragem, para que o gosto do seu ouro possa fulgir em nosso lábio. Se assim acontece, somos alegres e bons, e a nossa vida tem sentido.

Citado no instigante artigo Vida de clichê, de Eliane Brum, publicado na revista Época em 24/08/2009. Clique aqui para ler o texto.

Em tempo: esse é um trecho da entrevista de Hélio Pellegrino a Clarice Lispector. Que encontro! Para conhecer a atuação de Clarice como jornalista, leia aqui. Para saber mais sobre as entrevistas realizadas por ela, veja aqui. E dica imperdível: o livro Clarice Lispector - Entrevistas, publicado pela Editora Rocco.

Máquina de escrever



Meu coração é uma máquina de escrever
As paixões passam, as canções ficam
Os poemas respiram nas prisões
Pra ler um verso, ouvir
Escutar meu coração falar
Até se calar a pulsação
Meu coração é uma máquina de escrever
No papel da solidão
Meu coração é
Da era de Gutemberg
Meu coração se ergue
Meu coração é
Uma impressão meu coração
Já era
Quando ainda não era a palavra emoção
Mas há
Palavras em meu coração
Letras e sons
Brinquedos e diversões
Que passem as paixões
Que fiquem as canções
Nos poemas nos batimentos das teclas da máquina de escrever
Meu coração é uma máquina de escrever ilusões
Meu coração é uma máquina de escrever
É só você bater
Pra entrar na minha história.
 
De Mathilda Kóvak e Luís Capucho

"While my guitar gently weeps", por George Harrison



Essa é uma de minhas músicas preferidas. Aqui, tocada por George Harrison durante o famoso Concerto por Bangladesh, em 1971. Organizado por Harrison e Ravi Shankar, foi o primeiro evento beneficente desse porte na história e contou com vários artistas consagrados, como Bob Dylan, Eric Clapton, Ringo Starr e Leon Russel. Aliás, e até onde consegui reconhecer, Clapton, Ringo e Russel aparecem tocando aí.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Mocidade independente


Pela primeira vez infrigi a regra de ouro e voei pra cima sem medir as consequências. Por que recusamos ser proféticas? E que dialeto é esse para a pequena audiência de serão? Voei pra cima: é agora, coração, no carro em fogo pelos ares, sem uma graça atravessando o estado de São Paulo, de madrugada, por você, furiosa: é agora, nessa contramão.

Ana Cristina Cesar, em A teus pés

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A queda do Muro de Berlim: 20 anos



No dia 9 de novembro de 1989, o Muro de Berlim começou a ser derrubado. Chegava ao fim o maior símbolo da Guerra Fria. Nesse vídeo do site da revista Time, o fotógrafo Anthony Suau conta como foi ver a história mudar seu curso.

Já no Spiegel Online vale ver as galerias de fotos: O dia em que o Muro de Berlim caiu e O Muro de Berlim, ontem e hoje.

No Let's blogar, um slideshow conta a história do muro através de fotografias.

Metas de consumo

Seus planos de energia solar em sua casa,
e o meu coração em autocombustão.

A vida é pra gastar a vida.

As cidades e o desejo

Anastácia, cidade enganosa, tem um poder, que às vezes se diz maligno e outras vezes benigno: se você trabalha oito horas por dia como minerador de ágatas ônix crisóprasos, a fadiga que dá forma aos seus desejos toma dos desejos a sua forma, e você acha que está se divertindo em Anastácia quando não passa de seu escravo.

Italo Calvino, em As cidades invisíveis

domingo, 15 de novembro de 2009

Tem coisas que só um japonês faz pra você



Sen-sa-ci-o-nal! Esse vídeo do Sour foi filmado exclusivamente com webcam e o "elenco" é todo de fãs da banda.
Vi no blog da Lápis Raro, agência de comunicação mineira. É deles também o título do post!

Dillo D'Araújo em "No fundo do mar"



Excelente interpretação de Dillo e a Gangue para a música de João Donato e Joyce, com a participação de Paula Nunes (vocal) e Pedro Strasser (bateria).

Também da série "Porque me ufano dos meus amigos..." ;-)

Humano, demasiadamente humano...


Vi no Um sábado qualquer, do divertido Carlos Ruas.
Para ver maior, clique na imagem.

Como dois e dois



Maravilhosos. Quase um blues tropical.

Para pensar no 15 de novembro (II)

"Os que querem tratar separadamente a política e a moral jamais compreenderão nada de nenhuma das duas."

Jean-Jacques Rousseau, em Emílio

Big Mama Thornton em "Hound Dog"




Willie Mae "Big Mama" Thornton (1926 – 1984) foi a primeira a gravar o hit "Hound Dog", em 1952.

Clique nos links para saber mais! ;-)

Nesse vídeo de 1965 ela é acompanhada por Buddy Guy.

Ah: clique aqui e veja também a ótima interpretação de John Lennon para essa música, ainda que com a terrível participação de Yoko Ono! (Aliás, alguém pode me explicar o que é Yoko Ono?!?!? rs rs rs...  Ainda bem que no vídeo de Instant Karma eles deram um jeito de entretê-la com o tricô... veja aqui! rs rs)

Para pensar no 15 de novembro

"O verdadeiro cidadão não é o que vive em sociedade, é aquele que transforma a sociedade."

Augusto Boal, no filme Utopia e Barbárie, de Silvio Tendler

sábado, 14 de novembro de 2009

Rapsódia do Absurdo



O curta-metragem Rapsódia do Absurdo, de Cláudia Nunes, é um documentário sobre as reformas agrária e urbana, com cenas de arquivo de dois marcantes episódios de luta pela terra: Fazenda Santa Luzia e Parque Oeste Industrial, cuja dimensão os torna exemplos universais do conflito entre a propriedade privada e os pobres do mundo. O filme já recebeu mais de 20 prêmios, entre festivais nacionais e internacionais.

Você pode assistí-lo também no site do festival internacional ‘Humanity Explored’, onde encontrará outros filmes interessantes sobre as questões sociais de nosso tempo.

Ah: o presente post é da série "Parentes que me enchem... de orgulho!". ;-)

PS: tem dia que o site cultureunplugged.com dá problema e o vídeo some aqui do blog... não desista: volte outro dia, pois vale muito a pena ver o Rapsódia do Absurdo.


Depois ela pergunta: Você quer o quê?
Você diz que quer experimentar, tentar a coisa, tentar conhecer isso, habituar-se com isso, com esse corpo, com esses seios, com esse perfume, com a beleza, com esse perigo que esse corpo representa de colocar no mundo crianças, com essa forma imberbe sem acidentes musculares nem força, com esse rosto, com essa pele nua, com essa coincidência entre essa pele e a vida que ela recobre.
Você diz a ela que você quer experimentar, experimentar vários dias talvez.
Talvez várias semanas.
Talvez inclusive durante toda sua vida.
Ela pergunta: experimentar o quê?
Você diz: Amar.

Marguerite Duras, em A doença da morte

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Utopia e Barbárie



Numa tarde de 1984, fui ao cinema assistir ao documentário Jango, de Silvio Tendler. Tinha 16 anos e ali foi despertado - definitivamente - meu interesse pela história. Saíamos então da ditadura militar e o filme de Silvio descortinava, para uma jovem como eu, fatos e versões, ou seja, a visão de que não só as narrativas históricas podiam ser diversas, mas também o entendimento de que a própria história encerra em si múltiplas possibilidades, e que ela poderia ter sido diferente... (ou, ainda, que ela poderia ser diferente...) O cineasta, que viveu a "geração 68" integralmente, havia sonhado utopias e visto barbáries. No maio de 1968 em que eu nascia, o rapaz de 18 anos tornava-se cronista da história. Uma história que, naquele momento, era embalada por lemas libertários. Pano rápido: o mundo deu voltas, muitas. Utopias e barbáries. Muitas. Hoje, dia 13 de novembro de 2009, acabo de ver o novo filme de Silvio pela décima vez, resultado da sorte de ter participado, ainda que pontualmente, da sua produção. A cada vez que assisto a Utopia e Barbárie fico emocionada. De sua origem no Latim, emocionar-se quer dizer que ficamos movidos para fora de nós mesmos. Tomara que vocês vejam esse filme. Tomara que se emocionem. Tomara que fiquem tocados a buscar caminhos para fora de si e na direção do outro, fraternalmente. Como bem diz o poeta Ferreira Gullar no filme, uma vez que a vida é finita, é no outro que teremos continuidade. Salve, Silvio, seu filme inspira! Ecoam suas palavras: "Solta o coração e vai!".

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Um segredo

Só para ti floresço,
disse a dália amarela
ao me ver passar.
E eu guardei um segredo
coberto de orvalho.

Lêdo Ivo, em O soldado raso

A imaginação conhece tudo, menos limites!



Conheça aqui a sensacional animação de Blu e David Ellis, produzida pelo Studio Cromie.
Totalmente demais!

Dica do meu super-irmão Eduardo Siqueira!!  :-)

Oren Lavie em "Her morning elegance"



Esse é um dos vídeos mais legais que já vi!
Oren Lavie é um artista israelense: cantor e compositor, além de autor e diretor de teatro.
Sua voz me lembra a de Nick Drake.

Esse clip "bombou" total. Em seu site, Oren Lavie comenta, com humor, a surpresa da escolha dessa música como trilha de um comercial da Chevrolet nos Estados Unidos, uma vez que o álbum havia vendido pouquíssimas cópias:

"O autor, que nunca teve um carro em sua vida e que sempre ignorou do fundo do coração a invenção do aparelho de televisão, não pôde deixar de gargalhar por vários dias. Com uma canção no coração, ele continua a pegar ônibus."

O silêncio

O silêncio é bom.
O silêncio é bálsamo.
Ele nos faz retomar os caminhos
Que a tagarelice dos seres
Confunde com seu demente ruído existencial.
O que chamamos de mundo é muito maior do que podemos pensar.
Entremos portanto no silêncio.
Esperemos a poeira baixar.
Pois é essa a natureza da poeira, cair.
E fica o chão, onde as marcas das histórias
narram as verdades do tempo
no papiro de cimento
sempre
para sorte da humanidade.

Que o silêncio nos abençoe de maneira imensa.
Eu preciso dele.

(palavras de G., que optou pelo silêncio)

Salve, Cássia!



E vendo Melissa Etheridge lindamente careca, lembrei de Cássia nesse vídeo, cantando Rubens, fantástica música de seu primeiro disco.
O tempo é um lugar que não existe quando escuto Cássia e Janis... e desconfio que é na música que a humanidade se salva...
;-)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Janis vive!!!



Na próxima encarnação, posso ser a Joss Stone, com essa voz, esse cabelo, esse vestido e cantando Janis com a maravilhosa Melissa Etheridge?? Posso?? :-)

The answer is blowin' in the wind...




1963: Bob Dylan, com The Freedom Singers, Joan Baez, Peter, Paul & Mary no Newport Folk Festival.

Com criatividade, o tempo das coisas não passa: ele ultrapassa!



A agência de publicidade TBWA do Uruguai encontrou um jeito diferente para promover as tradicionais canetas Bic. Produziu um número inteiro da revista Freeway (bastante popular entre os jovens) todinho escrito e ilustrado em caneta Bic. A ação rendeu um prêmio “El Ojo” em inovação no uso dos meios.

Vi no ótimo Let's Blogar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O poeta está vivo

Baby, compra o jornal
E vem ver o sol
Ele continua a brilhar
Apesar de tanta barbaridade

Baby, escuta o galo cantar
A aurora dos nossos tempos
Não é hora de chorar
Amanheceu o pensamento

O poeta está vivo
Com seus moinhos de vento
A impulsionar
A grande roda da história

Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo
Com seus moinhos de vento

Se você não pode ser forte
Seja pelo menos humana
Quando o Papa e seu rebanho chegar
Não tenha pena

Todo mundo é parecido
Quando sente dor
Mas nú e só ao meio-dia
Só quem está pronto para o amor

O poeta não morreu
Foi ao inferno e voltou
Conheceu o Jardim do Édem
E nos contou

Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo
Com seus moinhos de vento

Roberto Frejat e Dulce Quental (ouça aqui)

Duração

Aconteceu há mil anos
Continua acontecendo
Nos mais desbotados dos panos
Estou me lendo e relendo.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Os três porquinhos", como você nunca ouviu!



Entre no site do El Ojo de Iberoamerica (clique aqui) e ouça as hilárias versões para uma velha história!
Ou veja no youtube: tem a versão "mano", a versão "Chavez", a versão "carioca", e por aí vai... rs rs rs
Divirta-se!

Tocando em frente

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei
(...)
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
e no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

Almir Sater (ouça aqui)
"é sempre o mesmo céu e não é nunca o mesmo céu"

Samuel Beckett, em Primeiro amor

Eles são jovens e sem cortes!



Muito bom! Nesse vídeo, feito por  alunos de Comunicação de uma universidade canadense, 172 estudantes interpretam sem cortes, por todo o campus, a música I gotta felling do Black Eyed Peas.
Vi no Let's blogar.

domingo, 8 de novembro de 2009

Dizer o mundo


"Aprendemos palavras para melhorar os olhos."

Rubem Alves


Para conhecer A casa de Rubem Alves: clique aqui.

Edu Rangel em "Noves fora"



Também da série "Porque me ufano dos meus amigos..."  :-)

Conheça mais de Edu Rangel no myspace: clique aqui.

O olhar da alma

"Há um olhar que sabe discernir o certo do errado e o errado do certo.
Há um olhar que enxerga quando a obediência significa desrespeito e desobediência representa respeito.
Há um olhar que reconhece os curtos caminhos longos e os longos caminhos curtos.
Há um olhar que desnuda, que não hesita em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade.
Este olhar é o da alma."

Nilton Bonder, em A alma imoral

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Black power é isso!



Poderosa, doce, bem-humorada: Elza Soares é fantástica!

A arte e a invenção do ser humano



"A criação literária e artística, ela é transformadora por essência. Ela não é só transformadora quando lida com problemas políticos e sociais. Ela é transformadora porque ela é constitutiva da humanidade do ser humano. A humanidade do ser humano é uma coisa inventada. Nós nascemos bichos, nós nascemos sem saber nada e só temos, potencialmente, essa qualidade de ser humano. Mas se for criado na selva, como "Jim da selva", vai virar macaco e não vai fazer nada (riso). Então, é a cultura, é o conhecimento, é a invenção que o ser humano faz de si mesmo que contribui para que exista a humanidade, a sociedade humana. Nisso a arte tem um papel fundamental. Ela é um dos instrumentos da invenção do ser humano, dele se inventar como gente. Ele pode se inventar melhor ou pior. O ser humano se inventa na tecnologia, na ciência, em tudo mais, mas sem a arte ele não seria o que ele é, nem a sociedade humana seria o que é. A arte é, por si só, transformadora e revolucionária."

Ferreira Gullar, em entrevista realizada por mim (!!) em 2004, para o projeto Memória do Movimento Estudantil.

Funky Brother Soul



Ainda a realeza negra: Gerson King Combo!
Com o auxílio luxuoso do mega-talentoso Funk como le gusta.