sexta-feira, 23 de abril de 2010

Gil Scott-Heron em "The revolution will not be televised"




"Durante muitos anos era apresentado como o "Bob Dylan negro", pela costela política. Mas sempre foi mais direto ao assunto, ou não tivesse escrito uma canção sobre segregação racial na África do Sul chamada "Johannesburg"; ou outra sobre alcoolismo, "The bottle." "Quando comecei a minha audiência não tinha muita paciência" - lembra, com alguma ironia, numa entrevista dada por estes dias -, "não havia espaço para grandes subtilezas".

No final dos anos 60 e primórdios dos 70, num período de lutas cívicas, convulsões econômicas e mudanças sociais aceleradas, poucos conseguiram capturar as contradições de um país, a América, como ele. Inicialmente através da escrita - publicou o primeiro livro, "The Vulture", aos 19 anos. Mais tarde, quando ia publicar o terceiro livro, e depois de ter conhecido o músico e produtor Brian Jackson que o viria a acompanhar durante mais duas décadas, entendeu que o método de comunicar teria que mudar e a soul, o funk ou o jazz tornaram-se no veículo de difusão da sua paixão: a poesia.

Nesse período debitava acima de tudo para audiências negras, aprendendo com a "spoken-word" do poeta e ativista Amiri Baraka ou com o jazz de Coltrane e Miles Davis. Mais tarde, no final dos anos 70 e primórdios dos 80, quando o hip-hop irrompeu, foi considerado um dos pioneiros do gênero. Grupos como Public Enemy ou Disposable Heroes Of Hiphoprisy citavam-no e novas gerações, de todas as cores, redescobriam-no."

Trecho do texto de Vítor Balenciano sobre Gil Scott-Heron, que você pode ler na íntegra clicando aqui.

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