
O mundo que venci deu-me um amor
Um troféu perigoso, este cavalo
Carregado de infantes encouraçados.
O mundo que venci deu-me um amor
Alado galopando em céus irados,
Por cima de qualquer muro de credo,
Por cima de qualquer fosso de sexo.
O mundo que venci deu-me um amor
Amor feito de insulto e pranto e riso,
Amor que força as portas dos infernos,
Amor que galga o cume ao paraíso.
Amor que dorme e treme. Que desperta
E torna contra mim, e me devora
E me rumina em cantos de vitória...
Mário Faustino (1930-1962)
(comemorando a reedição de O homem e sua hora)
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